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Comunicação que desenvolve, não destrói

  • Foto do escritor: Fernanda Monteforte
    Fernanda Monteforte
  • 24 de jul.
  • 3 min de leitura

No mundo corporativo, a gente fala bastante sobre dar feedback com empatia, cuidar da forma como nos comunicamos e lembrar que, do outro lado, sempre tem um ser humano. Mas tem uma confusão que aparece com frequência nas empresas: ser cuidadoso na forma não significa evitar a crítica.

Criticar com habilidade é parte essencial da liderança. E isso não tem nada a ver com ser “bonzinho” ou passar pano. Tem a ver com responsabilidade e inteligência emocional aplicada.

Crítica não é ataque. É ferramenta de desenvolvimento.

Ao longo dos anos, acompanhando líderes, profissionais liberais e equipes em diferentes contextos, vejo como o medo de ser mal interpretado paralisa líderes que precisam sim apontar desvios, falhas e comportamentos prejudiciais.

E vejo também o outro lado: quem critica de qualquer jeito, com dureza desnecessária, deixando um rastro de insegurança, ressentimento e baixa performance.

Entre um extremo e outro, existe o caminho da crítica bem-feita: aquela que corrige sem humilhar, que orienta sem agredir, que foca na solução e não no erro.

Alguns pontos que funcionam na prática:

🔹 Foque no fato, não na identidade da pessoa. Um dos maiores erros na hora de criticar é transformar um problema pontual numa sentença sobre quem a pessoa é. Dizer “você é desorganizado” é bem diferente de dizer “na entrega de ontem, faltaram dados essenciais e isso impactou o cliente”. Fale sobre a situação que precisa ser ajustada, e não sobre traços de personalidade. Isso reduz o impacto emocional e aumenta as chances de mudança real.

🔹 Apresente uma alternativa. Apontar o erro é só o começo. O verdadeiro valor da crítica está em ajudar a pessoa a enxergar o próximo passo. Uma crítica madura vem acompanhada de um convite à melhoria, não de um veredito final.

🔹 Não critique para todos ouvirem. A crítica é mais potente quando é feita no privado, com respeito e intenção genuína de contribuir.

🔹 Empatia não é permissividade. Ser sensível ao impacto da sua fala não significa se calar ou suavizar tudo até que perca o sentido. Significa escolher as palavras com responsabilidade.

🔹 Ajude quem ouve a entender que crítica não é ataque. Isso se constrói com consistência, com cultura de confiança e com líderes que sabem ouvir e também sabem dizer.

Comunicação é construção, não confronto

Quando a crítica é feita com habilidade, ela deixa de ser um “climão” e passa a ser parte da engrenagem que move o time pra frente. Não tem a ver com ter razão. Tem a ver com crescer junto.

E vale lembrar: liderança não é sobre evitar desconforto. É sobre conduzir com clareza, mesmo nos momentos difíceis.

Se você lidera pessoas (com ou sem cargo), te convido a refletir:

👉 Você tem criticado para punir ou para desenvolver? 

👉 Sua comunicação convida ou afasta? 

👉 Sua equipe sente segurança para errar e aprender, ou medo de ser exposta? 

👉 E talvez a mais importante: qual é a intenção por trás da sua crítica?  Ela vem como um desabafo travestido de orientação, ou como um convite genuíno para construir algo melhor junto com a pessoa?

A segunda opção é sempre mais assertiva. E mais potente.

💬 Vamos trocar sobre isso? Deixe aqui nos comentários como você costuma lidar com as críticas no dia-a-dia, tanto ao dar quanto ao receber.

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