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Quando a mudança se impõe: parar de resistir pode ser o melhor caminho

Atualizado: há 5 dias

Nem toda mudança vem com aviso prévio. Algumas simplesmente se impõem — na vida pessoal ou no contexto corporativo — e, quando isso acontece, resistir pode ser instintivo... mas inútil.


No meu trabalho com desenvolvimento humano, tanto no planejamento estratégico pessoal profundo quanto no acompanhamento de lideranças e organizações em transição, percebo uma constante: muitas pessoas tentam atravessar a mudança no "modo executivo". Querem resolver, planejar, controlar. Mas nem toda mudança é sobre ação imediata. Algumas pedem silêncio. Outras, pausa. Muitas, simplesmente pedem que a gente sinta antes de agir.


Em momentos assim, sair do piloto automático e investir tempo em olhar pra si pode ser o movimento mais estratégico — e mais corajoso — que alguém pode fazer. Porque, sim, cuidar da própria vida também é uma forma de gestão.


E aqui entram duas dimensões importantes:



A técnica


Modelos como o ADKAR e a teoria de Kurt Lewin explicam a mudança como um processo com etapas previsíveis: conscientizar, desejar, aprender, aplicar, reforçar. Descongelar, mudar, recongelar. Parece simples, mas não é. Porque tem a outra dimensão...



O humano


A mudança acontece por fora, mas a transição acontece por dentro. William Bridges define bem essa diferença: mudanças são externas, transições são emocionais. E a maioria dos fracassos em gestão de mudança vem da negligência desse detalhe.


É na transição que mora o luto, o medo, o desconforto. E é justamente aí que o autoconhecimento se torna uma ferramenta poderosa: não pra evitar o desconforto, mas pra guiar as escolhas com clareza, ao invés de operar no modo automático.



Uma vida com mais significado


Mudar é inevitável. Mas transformar é uma escolha. E isso só acontece quando se troca o “executar” pelo “sentir”, mesmo que por um tempo. Quando se cria espaço para perguntas como: o que essa mudança está me pedindo? O que estou tentando manter que já não faz mais sentido? Que tipo de vida — ou liderança — quero construir a partir disso?



Investir energia em cuidar da própria jornada pode parecer um luxo… mas talvez seja o investimento mais rentável que alguém pode fazer. Porque os maiores resultados nem sempre são numéricos. Eles são qualitativos: paz, clareza, propósito, presença, felicidade.



E esses, sim, sustentam tudo o mais.

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